sexta-feira, 16 de abril de 2010

PEDRO & PAULO PILARES DA IGREJA


O Novo Testamento nos apresenta no quadro dos doze Apóstolos duas figuras distintas importantes: a primeira de todas é o Apóstolo Pedro e a segunda Paulo.

Simão, que depois veio ser chamado por Jesus de Pedro,  era um pescador nato, assim como seus irmãos. Para aquela época, a sociedade discriminava os pastores de rebanhos, e os pescadores, por serem gente humilde, rude e sem leitura. Mas era um profissão importante, porque a sociedade se alimentava principalmente da pesca e da carne dos cordeiros.

E Jesus Cristo escolhe logo um homem, rude, quase analfabeto, mas alguém sensível para compreender e aceitar a missão que tinha pela frente. Ao lermos os evangelhos damos conta de que esse "Pedro"  ou "pedra", explica Jesus, ao chamá-lo assim. Muitas vezes impulsivo, outras vezes retraído, briguento e amoroso. Um homem que apesar da simplicidade, tinha um grande amor por aquilo que fazia. Muitas vezes não se achava dígno de estar com Jesus. Mas Jesus o escolhe,  diz o evangelista Mateus,  que Jesus se aproxima de Simão e André e faz um convite: "vem e segue-me!" e eles o seguiram deixando para traz tudo que tinham os barcos e a família, porque Pedro era casado. (Mt4, 18.22).

Ao longo deste caminhar esse homem, Pedro, vai se modelando, Jesus vai colocando-o à prova, mas muitas vezes sem compreender sua confiança em Jesus o fazia essa rocha. Tanto que após Jesus entregar a liderança de sua Igreja, o vem chamar de "Pedro", isto é a pedra ou rocha, homem, forte, duro. (Mt16, 17-18); então podemos afirmar que essa missão  de Jesus passada a Pedro começa muito antes da Paixão. Esse ministério, ser o representante legal de Jesus na Terra começa ali na expressão de fé de Pedro. Vendo tudo o que acontecia ele não teve dúvidas em crer que Jesus era o enviado de Deus, "o Filho do Deus vivo!"
Ao contrário de João Batista que mesmo sendo o precursor do Messias, mandou seus discípulos perguntarem-no se  realmente era o Messias esperado.....Pedro lança-se à frente dos seus para dizer: "Tu és o Cristo, Filho do Deus vivo!"   
     
Esse Pedro era um homem de decisão firme e assim Jesus vai modelando-o como um vaso. E mesmo quando nega-O naquela noite, volta atrás e arrepende. Talvez se lembrasse dessas palavras outrora ditas ao Mestre e se arrepende. Ao contrário de Judas Iscariotes, escolhe seguir adiante e por isso mais uma vez Jesus o restaura para ser seu representante. Depois de Ressuscitado prova-lhe seu amor e lhe confia a sua Igreja, "apascenta os meus cordeiros!"... (Jo21, 15-17).

Daí em diante, depois de Pentecostes, é Pedro quem vai professar toda verdade, num discurso jamais proferido antes, em testemunho da verdade e da sua fé em Jesus. E como a pedra escolhida junto dos seus irmãos, vai sofrer na carne por isso. Ser perseguido, mas não se esmorece. Por que se torna como um pilar de uma construção. E seu testemunho é tão grande que até milagres poderosos em nome de Jesus.Por exemplo: a cura de um coxo, At3, 1-7. Não só a pedro mas todos os Apóstolos.   
Ao lermos o livro dos Atos do Apóstolos, constatamos que muitas surpresas os aguardavam. Vale apena ler este livro, rico de detalhes da caminhada do início da Igreja. Nele vemos a Unção que Pedro possuía, sua fé inatingível, que o fazia destemido ao ponto de ser levado ao Martírio e sofrer por amor a Jesus.

De outro lado temos Saulo ou Shaúl, (significa implorado, desejado). Naquele tempo era comum a mesma pessoa receber dois nomes, um aramáico, outro latimizado, ou helênico. E Saulo escolhe ser chamado de Paulo. (At13,9).
Paulo era natural de Tarso região da Cilícia da Ásia Menor. Mas criou-se em Jerusalém, onde se tornou doutor da Lei, era considerado cidadão romano, fato este que o livrou de muitas prisões. Estudou na Escola de Gamaliel, respeitável Rabino Judeu. E como tal comandou as primeiras perseguições contra a Igreja de Cristo. Paulo era conhecido por ser implacável com os cristãos. Era um homem de decisão firme e muito inteligente.

E Jesus o escolhe para ser o APÓSTOLO DOS GENTIOS, isto é dos estrangeiros, aqueles aos quais precisaria chegar ao conhecimento de Jesus e seu Evangelho. Paulo também foi provado por Jesus, mas não retrucou, aceitou a missão e se converteu radicalmente. E logo vem substituir Judas Iscariotes, no grupo dos doze.
Conta o livro dos Atos dos apóstolos, que a conversão de Paulo aconteceu numa missão de perseguir os cristãos. No caminho para a cidade de Damasco, Jesus lhe aparece, com uma forte luz que o cega. Paulo ouve a voz do Senhor que pergunta: "Saulo porque me persegues?"...At9, 1-9. 10-25 Ele então é conduzido até a cidade e daí em diante se torna o Grande Apóstolo dos gentios.

Era incansável, mas usava de toda humildade para pregar em nome de Jesus, pois achava-se indígno de tal missão. Mas confia na graça de Deus, confia e cumpre com ardor missionário a sua tarefa. (1Cor15, 1-11); Viajava sem parar, não tinha lugar fixo. Embora fosse também um tecelão e tivesse moradia própria em Tarso, não conheceu mais descanso, nem teve moradia fixa.

Viajava por mar e por terra, no tempo de Paulo não existia países, o que existia era o Império Romano que dominava "tudo", vários reinos, povos  e tribos eram dominados pelo império Romano. As estradas eram muito seguras. Pois o General Pompeu em 63 a.C havia acabado com os piratas que entravam pelo Mar Mediterrâneo. Logo depois em 31 a.C com a  vitória de Otaviano começou a Paz Roma e a paz nas estradas. Haviam pousadas ao longo do caminho e Paulo se utilizava delas para suas viagens.

Paulo passou por vários lugares, fundou diversas Comunidades. Percorreu mais de 15.000 Km.
Em chipre, Panfília, Licaônia, Galácia, Mísia, Trôade, Macedônia, Acáia, Grécia, passou pela Ásia e e chegou até a Europa.  Foi até Malta e Roma passando pelo Mediterrâneo.  Era um peregrino, não tinha descanso nem repouso. (1Cor4, 11). Morreu em Roma e seu Martírio foi por decaptação à espada.

"Paulo, após seu encontro com Jesus mudou radicalmente sua vida...não conheceu descanso...por terra e por mar viajava levando a palavra de Jesus como O havia recomendado"...   


POR QUE PILARES DA IGREJA?


Porque os dois Apóstolos Pedro e Paulo se uniram para difundir o cristianismo, eles sustentaram toda uma responsabilidade de conduzir e formar os primeiros cristãos, auxiliados pelos demais apóstolos.
Pedro em Jerusalém, conduzia a Igreja de Jerusalém. E Paulo fora dos muros de Jerusalém, isto é "ad gentes", aos povos. E graças a Paulo que somos inseridos e fazemos parte da família dos cristãos.
Paulo nos deixa seu exemplo, visita as comunidades, escreve suas cartas, e vive incasavelmente a tarefa de evangelizar!
"Eu, Paulo, servo de Cristo..." dizia.  Rm 1,2
Paulo servo da caridade, homem orante. Rm 15, 30; 17, 10.  2Cor 3-4 
A catequese de Paulo é toda ministrada em mostrar Jesus como salvador,  conceitua o Antigo   e o novo Testamento. Anunciando que Jesus é realmente o Salvador do mundo.
Paulo organizou as Igrejas, deu orientações pastorais que são usadas até hoje. Consolida toda uma catequese a fim de não deixar dúvidas de que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Paulo também se preocupava em não haver divisões nas Comunidades que todos fossem tratados iguais. 
Se fôssemos falar tudo sobre Paulo não caberia aqui, recomendo que leia os Atos dos Apóstolos e as suas cartas.
Por fim, Paulo confirma seus irmãos na Fé em Jesus Ressuscitado, faz  uma catequese clara, objetiva de modo a dar todo seu testemunho.  A ponto de dedicar todo um capítulo, por assim dizer, sobre a Ressurreição de Cristo. (1Cor15, 1-58), porque é dela que depende a fé cristã. A Igreja só respira porque Cristo está ressuscitado, como celebramos anteriormente. 


Por isso chamamos Pedro e Paulo de Pilares, porque foram eles e através deles que a Igreja sustenta a sua Fé. Todos os que vieram depois, os santos padres e doutores da Igreja fizeram suas catequeses dentro da espiritualidade desses dois gigantes da Fé cristã.                         

       

        

segunda-feira, 12 de abril de 2010

PÁSCOA DAS RESSURREIÇÕES

Texto de Pe. Alírio J. Pedrini, scj

Vivemos mais uma vez as alegrias da Páscosa e do Tempo Pascal. Celebramos intrigamente o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, filho do Deus da vida. Como o também da nossa própria morte e ressurreição. Jesus ressuscitou! Nós também vamos ressuscitar!

A maior notícia de todos os tempos já foi anunciada sobre a face da terra é esta: "Jesus ressuscitou!". Jesus que havia sido preso, torturado, crucificado, morto e sepultado, ressuscitou! Venceu a morte! Ela O tinha dominado em seu corpo por algumas horas mas depois Ele a venceu, voltou à vida, ressuscitou!  Lemos em São Lucas o que o Amjo disse às mulheres que tinham ido ao túmulo de madrugada: "Porque buscais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui, Ele ressuscitou!" (Lc24, 5-6).

A ressurreição do Senhor foi e continua sendo a maior notícia já proclamada, não apenas como um acontecimento importante, restrito ao próprio Jesus, mas por seu conteúdo revelador de verdades supremas que dizem respeito a toda humanidade, aos nossos antepassados, às nossas família e a cada um de nós!

AUTENTICIDADE DE JESUS

Ao ressuscitar o corpo de Jesus pelo poder do Espírito Santo, o Pai celeste quis garantir, quis nos dar a certeza absoluta de que Jesus de Nazaré é o seu Filho, é o Messias prometidoe enviado, é o Salvador da humanidade. O Pai celeste, pela ressurreição, colocou sobre Jesus um "selo de autenticidade", garantia absoluta e definitiva que Ele era seu Filho enviado, o Redentor, Salvador, comunicador do Espírito Santo.

A ressurreição de Jesus tornou-se fundamento inabalável para toda Fé do cristianismo, de cada cristão e de nossa própria fé. São Paulo declara com toda firmeza: "Se Cristo não ressuscitou é inútil nossa Fé, e ainda estais em pecados!" (1Cor15, 17).
Sem nossa fé em Jesus não nos daria qualquer segurança, seria inútil não poderíamos nos poderíamos basear nele, e viver uma vida toda de acordo com seus ensinamentos, se Ele não tivesse cumprido sua palavra de que "Ele seria morto, sim,  mas que iria ressuscitar". Portanto, se Ele não tivesse ressuscitado teria mentido para nós. E se tivesse mentido em uma coisa tão importante, como haveríamos de crer n'Ele e em tantas outras revelações que nos fez? Tudo seria muito duvidoso e inseguro. Mas não! Jesus ressucitou como primícias dos que morreram! (1Cor15, 20); Proclama São Paulo! 

AS NOSSAS RESSURREIÇÕES

Jesus já realizou sua definitiva Ressurreição, agora é nossa vez de, como seus discpipulos fazermos acontecer as nossas ressurreições, até chegarmos à definitiva, para entrarmos na vida eterna.

Jesus morreu para ressuscitar. Nós também morreremos para ressuscitar. Mas enquanto estamos vivo na Terra, precisamos "morrer todos os dias" para "ressuscitar" um pouco a cada dia. Precisamos "morrer e estar mortos, isto é, não existirmos mais para a pratica das obas mas, das obras mortas", a fim de podermos  "estar vivos" para uma vida nova. e para realizarmos as obras de santidade. Nós mesmos precisamos comandar o processo das "mortes e ressurreições" a serem realizadas em nossas vidas.

Se percebermos em nós a "morte" do orgulho, que nos leva e viver e a agir de forma autoritária, sobremaneira, escravizadora humilhadora dos outros e da família, no trabalho ou na comunidade, nossa decisão deverá ser "fazê-lo morrer", extirpá-lo enrradidicá-lo a fim de "fazermos ressuscitar" em nós na humanidade, a bondade, a concórdia e a paz para todos. S o fizermos então teremos realizado uma "passagem" fizemos acontecer a Páscoa.

Se  percebermos em nosso coração a "morte" , na presença de  ressentimentos , raivas, mágoas, vinganças e ódios vamos precisar decidir e "fazer morrer" todo esse desamor a fim de "ressuscitarmos" para uma vida de perdão, de misericórdia, de reconciliação e de amor para aqueles quenos ofenderam. Então realizamos uma "passagem" Aconteceu em nós a Páscoa.

Se percebermos a presença de "morte", isto é, de algum tipo de dependência e escravidão a qualquer forma de erotismo, como: revistas pornográficas, sites, filmes, DVDs eróticos, adultério, prostituição, homosexualidade etc. Precisamos decidir a " fazer morrer", todas essas Tendencias, vícios custe o que custar, a fim de fazermos ressuscitar para uma vida pessoal de castidade, de valorização cristã da sexualidade e da genitalidade. Uma vida limpa e casta como   convém a alguém que é Templo do Espírito Santo. Se conseguirmos, fizemos acontecer mais uma Páscoa.

Se nos surpreendermos com a presença do egoísmo, dos interesses egocêntricos, das ganâncias, das vaidades, da gula desenfreada, da escravidão das modas e do consumismo, precisaremos nos decidir a "crucificar e fazer morrer" essas fraquezas viciosas para "fazermos ressuscitar", em nós um coração livre e feliz, por ter derrotado esses males e estar vivendo vida nova. Se o fizermos, então teremos feito uma "passagem" isto é, a Páscoa.

Dessa forma ao encontrarmos em nós qualquer tipo de vício, de pecado, de tendências pecaminosas, de escravidões interiores, impiedades ou outras formas de males. Precisamos decidir a "crucificar e a fazer morrer" todas essas fontes a fim de "ressuscitarmos" em nós uma vida renovada e santa.
A nossa caminhada de quaresma, com todos os exercícios de penitências, com todas as práticas sacramentais e de piedade, tiveram a finalidade de "crucificar e fazer morrer" todo pecado e todas a tendências más e vícios pecaminosos a fim de que pudéssemos"ressuscitar, na Páscoa, como renovadas criaturas"; aliás, toda vez que realizamos essas duas "passagens", estaremos valorizando a paixão, morte e ressurreição do próprio Jesus.

O DESABROCHAR DA VIDA

A ressurreição de Jesus é a garantia de que nossa vida humana, passageira e peregrina, feliz, mas também sofrida "desabrochará"numa outra forma de vida: eterna e definitiva. E se, por nossa fé no Ressuscitado, ensinados por Ele, vivermos tão bem nossa vida cristã e fizermos sempre o bem a todos, a ponto de sermos "aprovados" na "prestação de contas" de nossa vida terrena a nossa vida futura será vivida na glória da presença de Deus, de Nossa Senhora, dos Anjos e dos Santos.

Será uma vida absolutamente feliz, realizadora, irreversível, plena de gozo eterno, onde não haverá desamor, doença, dor, sofrimentos psicológicos, espirituais e físicos, familiares e sociais. "Deus será tudo em todos". A posse de Deus será a causa de toda felicidade plena, perfeita, completa e definitiva. Gera uma segurança que produz um "céu no seu coração". A ressurreição de Jesus é a certeza que nossa vida cristã terrena desabrochará plenamente na vida eterna nos céus.  

PÁSCOA VIDA E ESPERANÇA

A ressurreição de Jesus nos dá plena certeza de que existe vida após a morte, de existe a vida eterna. A certeza de nossa vida eterna e feliz gera a "esperança cristã" da vinda do dia de "possuirmos o que esperamos". Ao mesmo tempo a "esperança feliz do céu" torna-se uma fonte perene de força extraordinária para vivermos uma vida cristã diária em união com a Trindade. Obedientes a Jesus e aos seus ensinamentos, caminhando com a Igreja, na prática das virtudes, na realização do bem e vencendo as tentações do inimigo, da carne e do mundo.

A "esperança-certeza" do Céu sempre foi força extraordinária de todos os Mártires para enfrentar os tormentos cruéis do martírio. Eis uma convicção: "Agora vou sofrer horrores e morrer. Mas logo, logo estarei com Deus, na felicidade suprema do céu!"  Aliás, a "esperança do céu"  também sempre foi força invencível e secreta dos grandes missionários, de todos os Santos, que gastaram suas vidas em favor dos pequenos, pobres e enfermos. Muitos cristãos suportaram com paciência e profunda paz, suas doenças dolorosíssimas e prolongadas, fortalecidos pela esperança do Céu. Outros chegavam a pedir a Deus "que os levassem desta vida terrena", pois ansiavam profundamente chegar a vida eterna nos Céus. "Por que continuar neste vale de lágrimas, se posso passar a viver nas planícies floridas e deliciosas dos céus?"

Pela Páscoa de Jesus temos a certeza de nossa páscoa pessoal, que gera a esperança do céu que, por sua vez, faz desabrochar uma vida cristã santa, que terá como recompensa uma vida feliz, a ser vivida na casa do Pai para sempre.             




sábado, 3 de abril de 2010

PASCOA CERTEZA DE VIDA NOVA PARA OS CRISTÃOS

PORQUE PROCURAIS ENTRE OS MORTOS QUEM ESTÁ VIVO?

A narrativa da Ressurreição de Jesus, segundo Lucas, acontece quando as piedosas mulheres vão até o sepulcro na madrugada de domingo, e já não encontra o corpo de Jesus. Madalena, uma das mulheres, chega a pensar que Jesus fora tirado pelos romanos. Mas quando entra no túmulo, anjos lhes aparecem e anuncia a notícia da ressurreição: "Porque procuras no meio dos mortos aquele que vive, Ele não está aqui, ressuscitou!" (Lc24, 1-6)

A celebração e vivência da Páscoa de Nosso Senhor, é um momento mais que especial, que não deve ficar só em comer chocolates, doces e simbolismos sem nexo, ou ficar preso na sexta-feira da paixão onde apresenta o Cristo morto.
Para os verdadeiros cristãos, ela ganha um sentido muito mais além. Jesus ressuscitou! - isto é a Páscoa Cristã, nada mais é importante para nós do que isto. Pois em Jesus Ressuscitado se cumpriu todas as profecias e a promessa de salvação da humanidade de Deus. 

Não podemos ficar só no simbolismo, mas educar a nossa Fé para algo mais amplo, ir ao encontro de Jesus Ressuscitado, aquele que vive para sempre. A Liturgia da Páscoa do Senhor imprime em nós uma responsabilidade, anunciar este Jesus Glorioso. Foi o que fizeram as mulheres; elas foram ter com os Apóstolos para anunciar a Boa Notícia da Ressurreição. Lc24, 9-12. 

Celebrar a Páscoa é celebrar a vida nova, Deus por Jeus nos trouxe uma vida nova. Paulo chega a dizer que fomos sepultados com Cristo (o pecado e a morte foram vencidos); para adquirir uma vida nova, somos uma nova criatura. Cristo pagou esse preço, e conquistou com seu sangue nossas almas. A morte não tem poder sobre Ele e nenhum de nós. Por isso jesus veio a este mundo e passou todas as provações e privações, exceto no pecado, se igualou a nós, experimentou o sofrimento. 

Não tem sentido nenhum a Páscoa para nós se não vivermos esta realidade. Compreender este significado importante e especial e celebrar com alegria esta certeza Jesus nos conquistou eternamnete. Páscoa é passagem, passagem da morte para a vida. Nós somos vencedores com Cristo, com ele somos revestidos da dignidade de Filhos e filhas de Deus. 

O CAMINHO DE EMAÚS   

Lucas descreve que no mesmo dia, dois discípulos de Jesus iam para um vilarejo chamado Emaús. Iam tristes por causa da morte de seu Mestre. Quando de repente aparece Jesus, na aparência de um viajante. E quis saber deles, (como se já não soubesse), por que eles estavam tão abatidos. Porém eles disseram que aquele homem era o únicoque não sabia do que tinha acontecido com Jesus, que todos esperavam dele a libertação de Israel. Estavam desiludidos, porque não compreenderam as palavras de Jesus à respeito da sua morte. Jesus então começa e explicar, fazendo um resumo desde Móisés, passando pelos profetas. E quando chegaram à aldeia, eles estavam confortados por Jesus, ofereceram-lhe hospitalidade sem saber que era o próprio Jesus resuscitado quem os visitava. Jesus deixa um sinal, parte o pão, e naquele gesto eles entenderam quem era aquele homem. Era o Cristo.

Quantas vezes nós à princípio agimos como esses discípulos? - lemos a Bíblia e não entendemos quem é a pessoa de Jesus, ou não somos capazes de aceitar esse Jesus como nosso Senhor e Salvador.
Jesus pregou "uma peça" nos discípulos. Nãoé necessário voltar no tempo para enxergar, que esse Senhor Ressuscitado, vive. Mora, e como conosco, na pessoa dos nossos familiares. Ele mesmo se disfarça na pessoa do pobre, do dorgado, do marginalizado, para provar nossas atitudes. Quanta suspreza Jesus deve ter neste mundo secularizado e individualista. Onde a "páscoa do consumismo" impede as pessoas de viverem o evangelho.

Jesus vem como um transeunte, alguém que quer saber de nós o que pensamos sobre Ele. E as respostas nem sempre são agradáveis. Porque ou atacamos Ele mesmo, ou a santa religião que ele deixou, suas leis. E queremos dar "um jeitinho evangélico" para minimizar nossas consciências.

Deus é o Senhor da vida, e no entanto muito pouco fazemos para melhorar a vida dos mais necessitados, procuramos matar em vez de salvar. Um dos crimes mais ediondos o aborto. levantamos a voz contra a Igreja e contra o próprio Jesus.

Mas os discípulos foram mais além, correram de volta e anunciaram a ressurreição.(Lc24, 33-35); Quantos de nós temos medo de crer e anunciar Jesus ressuscitado? Porque isso implica uma realidade e uma responsabilidade muito maior. Implica em sermos diferentes, o cristão, é alguém que não vive para as coisas do mundo, mas está no mundo para fazer a diferença. O compromisso com a vida, e tudo que diz respeito a ela, o não à todo tipo de escravidão e morte. O nosso "caminho de Emaús" é a eternidade. Jesus caminha ao nosso lado para ver nossas atitudes, muitas vezes nos prova, mas nos entrega algo muito maior seu amor pelos pequenos deve ser o nosso amor.  Ao mesmo tempo cumprir a Mandamento do anúncio do seu Evangelho: "Ide pois e pregai o Evagelho...Ensinai... batizai em nome do Paido Filho e do Espírito Santo" - essa é nossa missão. Cristo nos constituição sacerdotes, ministros da palavra, para que pudessemos levar a todos o pleno conhecimento de Jesus e sua lei. 

Por isso deixemos as preocuapões do mundo, e procuremos buscar esse Cristo ressuscitado que nos deu uma vida nova. ISTO É A PÁSCOA!