segunda-feira, 12 de abril de 2010

PÁSCOA DAS RESSURREIÇÕES

Texto de Pe. Alírio J. Pedrini, scj

Vivemos mais uma vez as alegrias da Páscosa e do Tempo Pascal. Celebramos intrigamente o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo, filho do Deus da vida. Como o também da nossa própria morte e ressurreição. Jesus ressuscitou! Nós também vamos ressuscitar!

A maior notícia de todos os tempos já foi anunciada sobre a face da terra é esta: "Jesus ressuscitou!". Jesus que havia sido preso, torturado, crucificado, morto e sepultado, ressuscitou! Venceu a morte! Ela O tinha dominado em seu corpo por algumas horas mas depois Ele a venceu, voltou à vida, ressuscitou!  Lemos em São Lucas o que o Amjo disse às mulheres que tinham ido ao túmulo de madrugada: "Porque buscais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui, Ele ressuscitou!" (Lc24, 5-6).

A ressurreição do Senhor foi e continua sendo a maior notícia já proclamada, não apenas como um acontecimento importante, restrito ao próprio Jesus, mas por seu conteúdo revelador de verdades supremas que dizem respeito a toda humanidade, aos nossos antepassados, às nossas família e a cada um de nós!

AUTENTICIDADE DE JESUS

Ao ressuscitar o corpo de Jesus pelo poder do Espírito Santo, o Pai celeste quis garantir, quis nos dar a certeza absoluta de que Jesus de Nazaré é o seu Filho, é o Messias prometidoe enviado, é o Salvador da humanidade. O Pai celeste, pela ressurreição, colocou sobre Jesus um "selo de autenticidade", garantia absoluta e definitiva que Ele era seu Filho enviado, o Redentor, Salvador, comunicador do Espírito Santo.

A ressurreição de Jesus tornou-se fundamento inabalável para toda Fé do cristianismo, de cada cristão e de nossa própria fé. São Paulo declara com toda firmeza: "Se Cristo não ressuscitou é inútil nossa Fé, e ainda estais em pecados!" (1Cor15, 17).
Sem nossa fé em Jesus não nos daria qualquer segurança, seria inútil não poderíamos nos poderíamos basear nele, e viver uma vida toda de acordo com seus ensinamentos, se Ele não tivesse cumprido sua palavra de que "Ele seria morto, sim,  mas que iria ressuscitar". Portanto, se Ele não tivesse ressuscitado teria mentido para nós. E se tivesse mentido em uma coisa tão importante, como haveríamos de crer n'Ele e em tantas outras revelações que nos fez? Tudo seria muito duvidoso e inseguro. Mas não! Jesus ressucitou como primícias dos que morreram! (1Cor15, 20); Proclama São Paulo! 

AS NOSSAS RESSURREIÇÕES

Jesus já realizou sua definitiva Ressurreição, agora é nossa vez de, como seus discpipulos fazermos acontecer as nossas ressurreições, até chegarmos à definitiva, para entrarmos na vida eterna.

Jesus morreu para ressuscitar. Nós também morreremos para ressuscitar. Mas enquanto estamos vivo na Terra, precisamos "morrer todos os dias" para "ressuscitar" um pouco a cada dia. Precisamos "morrer e estar mortos, isto é, não existirmos mais para a pratica das obas mas, das obras mortas", a fim de podermos  "estar vivos" para uma vida nova. e para realizarmos as obras de santidade. Nós mesmos precisamos comandar o processo das "mortes e ressurreições" a serem realizadas em nossas vidas.

Se percebermos em nós a "morte" do orgulho, que nos leva e viver e a agir de forma autoritária, sobremaneira, escravizadora humilhadora dos outros e da família, no trabalho ou na comunidade, nossa decisão deverá ser "fazê-lo morrer", extirpá-lo enrradidicá-lo a fim de "fazermos ressuscitar" em nós na humanidade, a bondade, a concórdia e a paz para todos. S o fizermos então teremos realizado uma "passagem" fizemos acontecer a Páscoa.

Se  percebermos em nosso coração a "morte" , na presença de  ressentimentos , raivas, mágoas, vinganças e ódios vamos precisar decidir e "fazer morrer" todo esse desamor a fim de "ressuscitarmos" para uma vida de perdão, de misericórdia, de reconciliação e de amor para aqueles quenos ofenderam. Então realizamos uma "passagem" Aconteceu em nós a Páscoa.

Se percebermos a presença de "morte", isto é, de algum tipo de dependência e escravidão a qualquer forma de erotismo, como: revistas pornográficas, sites, filmes, DVDs eróticos, adultério, prostituição, homosexualidade etc. Precisamos decidir a " fazer morrer", todas essas Tendencias, vícios custe o que custar, a fim de fazermos ressuscitar para uma vida pessoal de castidade, de valorização cristã da sexualidade e da genitalidade. Uma vida limpa e casta como   convém a alguém que é Templo do Espírito Santo. Se conseguirmos, fizemos acontecer mais uma Páscoa.

Se nos surpreendermos com a presença do egoísmo, dos interesses egocêntricos, das ganâncias, das vaidades, da gula desenfreada, da escravidão das modas e do consumismo, precisaremos nos decidir a "crucificar e fazer morrer" essas fraquezas viciosas para "fazermos ressuscitar", em nós um coração livre e feliz, por ter derrotado esses males e estar vivendo vida nova. Se o fizermos, então teremos feito uma "passagem" isto é, a Páscoa.

Dessa forma ao encontrarmos em nós qualquer tipo de vício, de pecado, de tendências pecaminosas, de escravidões interiores, impiedades ou outras formas de males. Precisamos decidir a "crucificar e a fazer morrer" todas essas fontes a fim de "ressuscitarmos" em nós uma vida renovada e santa.
A nossa caminhada de quaresma, com todos os exercícios de penitências, com todas as práticas sacramentais e de piedade, tiveram a finalidade de "crucificar e fazer morrer" todo pecado e todas a tendências más e vícios pecaminosos a fim de que pudéssemos"ressuscitar, na Páscoa, como renovadas criaturas"; aliás, toda vez que realizamos essas duas "passagens", estaremos valorizando a paixão, morte e ressurreição do próprio Jesus.

O DESABROCHAR DA VIDA

A ressurreição de Jesus é a garantia de que nossa vida humana, passageira e peregrina, feliz, mas também sofrida "desabrochará"numa outra forma de vida: eterna e definitiva. E se, por nossa fé no Ressuscitado, ensinados por Ele, vivermos tão bem nossa vida cristã e fizermos sempre o bem a todos, a ponto de sermos "aprovados" na "prestação de contas" de nossa vida terrena a nossa vida futura será vivida na glória da presença de Deus, de Nossa Senhora, dos Anjos e dos Santos.

Será uma vida absolutamente feliz, realizadora, irreversível, plena de gozo eterno, onde não haverá desamor, doença, dor, sofrimentos psicológicos, espirituais e físicos, familiares e sociais. "Deus será tudo em todos". A posse de Deus será a causa de toda felicidade plena, perfeita, completa e definitiva. Gera uma segurança que produz um "céu no seu coração". A ressurreição de Jesus é a certeza que nossa vida cristã terrena desabrochará plenamente na vida eterna nos céus.  

PÁSCOA VIDA E ESPERANÇA

A ressurreição de Jesus nos dá plena certeza de que existe vida após a morte, de existe a vida eterna. A certeza de nossa vida eterna e feliz gera a "esperança cristã" da vinda do dia de "possuirmos o que esperamos". Ao mesmo tempo a "esperança feliz do céu" torna-se uma fonte perene de força extraordinária para vivermos uma vida cristã diária em união com a Trindade. Obedientes a Jesus e aos seus ensinamentos, caminhando com a Igreja, na prática das virtudes, na realização do bem e vencendo as tentações do inimigo, da carne e do mundo.

A "esperança-certeza" do Céu sempre foi força extraordinária de todos os Mártires para enfrentar os tormentos cruéis do martírio. Eis uma convicção: "Agora vou sofrer horrores e morrer. Mas logo, logo estarei com Deus, na felicidade suprema do céu!"  Aliás, a "esperança do céu"  também sempre foi força invencível e secreta dos grandes missionários, de todos os Santos, que gastaram suas vidas em favor dos pequenos, pobres e enfermos. Muitos cristãos suportaram com paciência e profunda paz, suas doenças dolorosíssimas e prolongadas, fortalecidos pela esperança do Céu. Outros chegavam a pedir a Deus "que os levassem desta vida terrena", pois ansiavam profundamente chegar a vida eterna nos Céus. "Por que continuar neste vale de lágrimas, se posso passar a viver nas planícies floridas e deliciosas dos céus?"

Pela Páscoa de Jesus temos a certeza de nossa páscoa pessoal, que gera a esperança do céu que, por sua vez, faz desabrochar uma vida cristã santa, que terá como recompensa uma vida feliz, a ser vivida na casa do Pai para sempre.             




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