sábado, 15 de maio de 2010

CATEQUESE 1 - OS ANJOS E SANTOS NA BÍBLIA - Seu Culto e Veneração

Para você entender melhor sobre o assunto cujo título que acabamos de propor acima, façamos a seguinte síntese:

Você já deparou com algum "crente" chato, na rua ou em sua casa querendo falar alguma coisa para você sobre, imagens, santos, etc. Essas coisas que eles gostam de atacar os católicos e muitas vezes pegam os "mais simples" de surpresa e aí os confunde com idéias errôneas da Bíblia? - parece até que "eles" sabem-na de cor, mas o que sabem é decorar capítulos e versículos da Bíblia que lhes interessam a fim de instigar os católicos mais ignorantes de fé a passarem para o lado deles. Foi para isso que trago a você amigo (a) católico (a) leigo (a) ou catequista, para que você amadureça sua fé e tenha a chance se aprofundar um pouco mais na Sã Doutrina da Igreja.

A Igreja Católica desde os primeiros séculos do cristianismo praticou a devoção aos Anjos e aos Santos, sobretudo e especialmente à Nossa Senhora, Rainha de todos eles. Devoção esta que se realiza através de atos de veneração (não de adoração que se deve só à Santíssima Trindade); e de pedidos de intercessão junto de Deus, bem como o esforço pessoal de imitar suas virtudes. Tudo isso muito de acordo com a Bíblia, a Tradição da Igreja e o bom senso. Os argumentos da Tradição, (isto é dos costumes praticados pela Igreja desde o início do cristianismo), são parentes. Eis os da Bíblia e do bom senso:

a) OS ANJOS NA BÍBLIA -Anjos são seres celestes e mais perfeito que os homens, pois não dependem em nada da matéria. São seres puramente espirituais criados por Deus, para o servirem, dotados de inteligência, força de vontade e rapidez de movimentos. Agem por vontade de Deus e lhes obedecem. São ministros de Deus que os envia a este mundo em missões diversas relacionadas única e exclusivamente com a nossa salvação. Hb1, 14 Missões especiais umas (Cf. Lc1, 19-38); Atos10,22; habituais outras (Mt 18, 10; Hb1,14).

b) OS ANJOS INTERCEDEM POR NÓS A DEUS - de fato se refere aos santos Anjos a executar vários ofícios religiosos para conosco. Assim, ora ela nos apresenta oferecendo a Deus as nossas orações, (Ap8, 3-5); ora, rogando a Deus por nós (Zc1, 12-13); ora, sendo eles rogados por varões justos (Gn19, 17-21; 32, 26; 48,15; Oz 12, 5). Eles foram, por isso venerados,  por homens justos(Gn18,1; 19, 1-2; Nm22, 31; Js5, 13-15); Podemos, pois, e devemos venerá-los, (não adorá-los propriamente falando - Ap22, 89); e pedir-lhes proteção, pois a Bíblia afirma que eles exercem um "ministério" em favor da nossa salvação (Hb1, 14).            

d) É claro que não se pode prestar a uma criatura, por mais elevada que seja, um culto latrêutico ou de adoração, que só é devido a Deus, e só a Ele se presta. Porque este ato significa o reconhecimento d'Ele como Senhor Supremo absoluto de todas as coisas. Ao passo que o culto de veneração significa a honra, a reverência o amor a gratidão que se voltam também aos Anjos e Santos (as), como amigos de Deus e nossos  participantes da Igreja Celeste.

Nota: Claro que a Doutrina da Igreja Católica, a Sã Doutrina, acredita como dógma de fé que os Santos estão vivos em espírito diante de Deus, e como tal participam dos mesmos direitos que Deus reservara para os eleitos, e por isso, tais tem o poder de intercessão, de mediação secundária, junto a Nosso Senhor Jesus Cristo que é o único mediador para com Deus. Os Santos (as) intercedem por nós a Jesus. Isto está claro  na  Bíblia. (Ap6, 9; 14,1,4-5). Ao passo que os "crentes" preferem ignorar a Bíblia e dizer que: "morreu acabou" a alma entra em um sono profundo até o Julgamento final. Por isso a catequese da Igreja baseado na Bíblia acredita e professa a intercessão dos Santos (as) quando professamos estes artigos do Creio "Cremos na Ressurreição dos mortos, na Comunhão dos Santos, Na vida Eterna".

e) Para significar isso, João o evangelista, relata no Apocalípse um gesto seu como se dispusesse a "adorar um anjo" e este o proibiu dizendo-lhe: "Não façais isto. Sou servo como tu, e como teus irmãos que tem o testemunho de Jesus"... "a Deus quem deves adorar" ... Ap19, 10; 22, 8-9. A diferença portanto entre veneração e adoração não está no gesto e sim na intenção interior de quem, por exemplo, que se ajoelha diante de uma imagem sagrada. Esta representa em mente da pessoa, a santidade daquele (a) santo(a) a quem quer prestar culto não significa propriamente uma adoração. Pois a pessoa não expressou com o coração o desejo de adoração. Muitos "crentes" não entendem isso e acham que os católicos são idólatras ou que adoram imagens. Mas na verdade a Adoração é muito mais que um gesto, ela é um sentimento.

OS SANTOS NA BÍBLIA

Distinguimos aqui os santos do Antigo Testamento e os do Novo. Aqueles que só entraram no Céu com Jesus Cristo no dia da sua Ascensão. Aguardavam aquele dia  num lugar que Jesus Chama: "O Seio de Abraão", (Lc16, 22) e onde já eram muito felizes, mas não plenamente como na Glória Celeste. Os Santos do novo Testamento, porém logo ao deixarem este mundo, entram na Luz da Glória, onde sempre fruem da perfeita felicidade do Céu, onde a Caridade atinge a sua plenitude.

QUEM SÃO OS SANTOS? - muita gente acha que para ser santo é preciso ser muito bonzinho,  e só é santo aquele que foi perfeito, ou quando se chegar no Céu, etc. coisas de uma fé imatura.
Santidade na verdade tem muito a ver com nossa vida, a começar de nossa existência ainda no seio materno, somos chamados por Deus à uma missão. E qual é essa missão? desde já assumirmos o seu amor.
Deus nos criou e é nosso Pai, se é nosso Pai, somos participantes de uma família espiritual. Pois Deus que é Santo e perfeito, também é Espírito, também nos deu um corpo e um espírito com uma alma santa. Mas enquanto criaturas que somos, somos imperfeitos nos nossos sentimentos e ações embora o espírito seja perfeito, pois foi criado por Deus, também ele "o ser" é dotado de um livre arbítrio. Isto é "o ser humano" diferente de qualquer outra criatura pode escolher o que fazer da sua vida. E o homem muitas vezes não reconhecendo seu Criador, acaba por se debandar pelo lado errado, o pecado. O pecado é tudo aquilo que faz mal à nossa alma e desagrada a Deus.
Raciocinando assim, Deus então tem para nós um projeto de santidade. Em que consiste este projeto? - ele consiste em aceitar que somos humanos e dependemos de Deus para se chegar à perfeição, perfeição esta que passa por várias etapas dentro da limitação de cada um. Reconhecendo isto Deus enviou seu Filho Jesus para que nos ensinasse o caminho de se chegar a perfeição, perfeição esta que só culminará na Glória d Pai.

Uma das condições que Deus nos coloca para sermos santos é imitar e seguir Jesus, já aqui na terra. Ninguém é santo depois que chega o Céu ou porque o papa canonizou, não!... a santidade é o esforço de cada um com suas limitações e sacrifícios, passando pelos mesmos caminhos que Jesus passou. Sofrendo com Ele. E os caminhos que Jesus deixou foram estes: 1) a prática constante de seus ensinamentos contidos no Evangelho e na Doutrina da Igreja, 2) a prática constante das virtudes: Fé, Esperança e Caridade. São Paulo nos disse que: "A fé sem obras é morta!"... "ainda que se falasse até a língua dos anjos sem o amor, isto é a caridade nada seria!"  

Então "todos" sem exceção somos chamados à santidade, que é o estado máximo de perfeição que podemos alcançar de Deus. A Bíblia ensina que "somos lavados no Sangue do Cordeiro"... Isto é, Jesus o Cordeiro Santo, nos lavou com seu sangue para que vivamos com Ele em Santidade.
Portanto meus amigos a santidade começa a acontecer aqui, os santos foram pecadores como eu e você, eles não nasceram perfeitos, mas se esforçaram em seguir Jesus a ponto de entregarem suas vidas numa adesão total à prática do Evangelho de Cristo e por isso merecem no Céu a Glória eterna.

Antes de Jesus também existia os Santos, porém não havia um conceito de santidade como entendemos hoje, porque é Jesus que veio dizer: "Sede santos como vosso Pai Celeste é Santo!"
A realidade nos apresenta duas classes dos Santos: OS MÁRTIRES, E OS NÃO MÁRTIRES.
a) OS MÁRTIRES - são aqueles que deram testemunho de Cristo ao ponto de serem mortos e derramarem
seu sangue por amor a Cristo. Por exemplo São Pedro e São Paulo. Muitos são os Mártires que se entregaram ao martírio e as perseguições, mas se manteram firmes no seguimento de Cristo. Pois eis a promessa de Jesus: "Felizes os perseguidos...Os mansos...Os misericordiosos...Os humildes..." (Cf. Mt5,1a)
b) OS NÃO MÁRTIRES - são todos os cristãos batizados que seguindo Jesus viveram toda sua vida em busca da prática das virtudes, cada qual com suas limitações. Mas sempre procurando dar testemunho de Jesus com seus exemplos de vida, de seguimento e pureza interior. Exemplo: São Geraldo Magela e Nossa Senhora.

A Igreja Católica desde o início do Cristianismo, procurou organizar uma lista com o nome e a vida de cada um destes homens e mulheres para que assim eles fossem lembrados como nossos exemplos, para que, ao imitarmos suas vidas, cada qual com seu estilo, pudéssemos também nós seguir melhor o Cristo.
Para isso é que se canoniza um santo, isto é escreve seu nome em um livro chamado Cânon. Depois de se investigar a vida daquele (a) pessoa, e saber profundamente como ele viveu suas virtudes a Igreja então o reconhece que ele realmente passou para a Santidade, isto é a perfeição eterna, e o escreve no livro para ser perpetuamente lembrado e imitado.

Mas não é o papa que os faz santos, não! - ele só introduz seus nomes no Livro para que sejam lembrados, venerados e imitados por sua virtudes.
Há muitos santos (as) que não estão escritos nos Cânones da Igreja, e no entanto a Igreja os lembra quando celebra a festa de todos os Santos.
Então é isso, santidade é para quem, já neste mundo vive uma vida de modo que o Céu e o complemento desta vida aqui na terra porém em perfeição total. Pois Jesus mesmo disse: "Quem crer em mim ainda que esteja morto viverá.......Eu sou a ressurreição e a vida!"  (Jo11, 25-26)

A INTERCESSÃO DOS SANTOS - como já lemos acima, Jesus é o ÚNICO MEDIADOR entre Deus e os homens, porém esta mediação de Jesus, se refere a graça da Salvação. Não há nenhuma salvação para nós se não for através d'Ele. Jesus mesmo afirmou "Ninguém vai ao Pai a não ser por mim!"

Porém a intercessão dos Santos se refere a Oração, eles são mediadores secundários isto é, colhem e apresentam  nossas orações diante de Jesus que é Deus e, ao mesmo tempo, oram em nosso favor mesmo sem a necessidade de nossos pedidos de intercessão. Pois são participantes da Igreja Celeste.

Os Santos estão no Céu na mesma condição dos Anjos, pois cada qual conversa suas naturezas espirituais e intelectuais, possuem a mesma luz divina na qual vêem a Deus, e em Deus conhecem a tudo que a sua mente pode conhecer. ("Na tua Luz veremos a Luz" - Sl35, 10); Por isso a Bíblia afirma que os Santos julgarão este mundo (1Cr6, 2). Para fazerem esse julgamento devem conhecer os atos praticados neste mundo. Portanto, os Santos conhecem as nossas precisões e intercedem por nós como amigos junto de Deus. É o que lemos várias vezes na Bíblia: (Jer!5, 1) - "Ainda que Moisés e Samuel se apresentasse diante de mim, o meu coração não se voltaria para esse povo!" Ora, Moisés e Samuel já não eram mais vivos, podiam então interceder pelo a Deus povo.
Em 2Mac15, 14 - diz o próprio Jeremias já falecido que: "muito ora pelo povo e pela cidade santa." Vê-se então que o povo eleito tinha fé.
Em Ap5, 8; 8, 4 ... João narra a visão que teve de Jesus Cristo em seu Trono de glória e diante dele se apresentavam os Anciãos "com taças cheias de perfume que são as orações dos Santos".
Esses anciãos significam "Santos da Glória" ao apresentarem a Jesus as orações dos "Santos da Terra", ou seja, dos fiéis de Cristo neste mundo. Trata-se no entanto de uma mediação secundária dos Santos entre Cristo e os seus fiéis.
Na parábola do rico e do pobre, Jesus apresenta Abraão sendo rogado pelo mau rico que foi condenado ao inferno. (Lc16, 27); No caso, o mau rico pedia o impossível. Não podia ser atendido. Mas com este fato, Jesus significou a possibilidade de se pedir ajuda aos amigos de Deus que estão no Céu, pois o mau rico pediu a intercessão de Abraão.
Em 1Rs 11, 11-13; lemos, Deus prometeu a Salomão não retirar-lhe o reino em vida, e conservar para seu filho (Roboão), o reino de Judá em atenção e por amor ao seu servo Davi (já falecido); Isto toma em consideração de que Deus toma em atenção os pedidos dos seus amigos que estão no Céu.
Igual sentido tem a oração de Moisés que pediu a Deus que poupasse o povo culpado em atenção aos Patriarcas, Abraão, Isaac e Jacó. Todos já falecidos. (Êx32, 11-14)
Em 2Rs 13, 21 .... A Bíblia narra o milagre da ressurreição de um morto ao contato com os olhos do profeta Eliseu. Nesse fato temos ainda aprovação da prática católica de venerar as relíquias dos Santos.

Se  os santos da Terra, (os fiéis cristãos neste mundo), intercedem junto de Deus pelas necessidades dos irmãos, conhecidos e desconhecidos, (são incontáveis os casos nas Cartas dos Apóstolos); Quanto mais os Santos na Glória que, na luz divina, conhecem perfeitamente as nossas intenções e precisões, (como acima ficou provado); Eles têm sim o poder de intercessão junto de Deus e o fazem isto por nós!

Por fim, um argumento de razão ou bom senso:
Conforme à natureza dos seres criados por Deus que os inferiores obtenham favores dos superiores também pela mediação de amigos de ambos. A própria mediação de Cristo tem por base esse princípio. Ora, os Santos são amigos nossos e de Deus na Glória. (Lc 16, 9). Logo, eles podem e realmente intercedem por nós junto de Deus. E mais... estando os "Santos na Glória" na mesma condição dos Anjos, podem ser venerados, como os Anjos o foram, por homens justos, ou seja pelos fiéis conforme se lê na Bíblia.


Nota: A Igreja deixa livre ao cristão católico crer ou não na intercessão dos santos. Isto não interfere em nada a Fé recebida da Igreja, em cuja o ponto central e acreditar e ter Fé em Cristo. Pois o cristão deve ser imitador e testemunha de Jesus Cristo.

Os que se dizem "crentes" ou "protestantes" ou evangélicos como queiram chamá-los, afirmam que:
Após a morte, as almas ficam nos túmulos em estado de total esquecimento e não podem interceder pelos vivos. Somente após o Juízo Universal é que terão consciência. E citam  errôneamente o texto do livro do Eclesiastes, que fala da condição dos mortos no túmulo onde: "não sabem mais nada". (Cf.  Ecle9, 5-6); Na verdade o que essa passagem quer dizer é que: "Eles aplicam à pessoa toda", (corpo e alma); o que se refere apenas ao corpo. Ou seja no túmulo não está mais a alma do da pessoa, e sim o cadáver, pois do contrário, estariam vivos. O sentido exato deste texto vem mais à frente em Ecle12, 1 e 7; "Lembra-te do teu Criador nos dias de tua juventude (...) antes que a poeira retorne à terra para se tornar o que era; e antes que o sopro de vida, (alma e espírito), retorne a Deus que o deu"; O que inteiramente conforme o que lemos em  Hb9, 27: "Está determinado que o homem morra uma só vez e depois disto vem o Juízo" (este particular após a morte).   Daí Jesus garantiu ao ladrão arrependido do alto da Cruz, (Lc 23, 43); "...Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso"... Portanto se fosse verdade o que os "crentes" pregam Jesus não poderia prometer tal coisa. Logo, se Ele prometeu é porque sua alma seria levada para o Céu e não deixada, esquecida no túmulo!

Em geral os "crentes" ainda fazem objeção a esta verdade tirada da citação Biblica que diz: "...há um só mediador entre Deus e os homens!" 1Tm2, 5

Deve-se completar a Citção do Apóstolo Paulo (que em geral é citada pela metade),  e que continua no vesículo 6, onde ele diz: ..."o qual se entregou pela Salvação de todos". Portanto Jesus é sim o único Mediador de Salvação, não há salvação se não for dada por Jesus. Mas não a Mediação secundária dos Santos, que se refere a Mediação de Intercessão ou Oração. Como demonstramos acima, muito menos exclui a Intercessão de Nossa Senhora a mais santa entre os Santos. Portanto, eis a verdade sobre os Santos. Provando que os que se dizem: "crentes" não são mais do que meros decoradores de versículos e não estudiosos da Bíblia e nem se interessam pela compreensão teológica de tal, adotando o fundamentalismo religioso que não leva a nada.



       
           

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